Desde a implementação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 1998, as tradicionais autoescolas foram redefinidas como Centros de Formação de Condutores (CFCs), assumindo um papel essencial na educação sobre trânsito no país. Esses centros se tornaram catalisadores na transição de aspirantes a motoristas para condutores conscientes de sua responsabilidade nas vias. Após vários anos, ainda há discussões sobre o impacto social dessas instituições, mas é inegável a contribuição vital dos CFCs no processo educacional. Segundo Celso Alves Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, antes do CTB, o Brasil registrava uma média de 30 mortes por 100 mil habitantes no trânsito, enquanto atualmente essa média está em torno de 15 mortes por 100 mil habitantes. Ele ressalta que tal redução não seria possível sem uma formação adequada dos condutores.
“As autoescolas, representadas pelos instrutores, diretores de ensino e seus proprietários têm uma missão importante hoje que é a conscientização, principalmente, dos jovens no trânsito”, afirma Mariano.
O especialista observa que essa consciência transcende os limites da sala de aula, pois muitos CFCs estão empenhados em programas intensivos de prevenção, segurança e promoção da vida. Mariano ressalta: "Na nossa área, testemunhamos uma evolução marcante nos CFCs, que agora estão genuinamente comprometidos com a formação cidadã dos novos condutores".
Conforme o especialista ressalta, o desafio do CFC é notável: transformar a mentalidade dos alunos que frequentam a autoescola desmotivados, presumindo que já dominam completamente o ato de dirigir. No entanto, os resultados são gratificantes, com muitos alunos saindo da experiência transformados e cientes de sua responsabilidade no trânsito.
Ele ressalta que, atualmente, o CFC possivelmente representa o único ponto de contato do candidato à primeira habilitação com a educação para o trânsito.
“O CFC é uma instituição de ensino, certificada e credenciada pelo Detran, com qualidade e responsabilidade para despertar no cidadão todos os requisitos necessários para que ele seja um condutor mais responsável, que conheça e respeite as leis, e que olhe os outros usuários com mais compreensão e dignidade”, explica.
Por essas razões, Mariano faz um importante alerta: "Não podemos simplesmente retroceder em conquistas estabelecidas desde 1998, quando o atual Código de Trânsito foi implementado. Naquela época, testemunhamos diversas melhorias no processo de formação de condutores, e seria um equívoco regredir agora", conclui ele.
O especialista ressalta que, ao longo desses anos, há várias considerações e muito a evoluir, mas há um consenso inegável: "O processo de formação de condutores desempenha um papel crucial na busca por um trânsito mais seguro", conclui Mariano.
Diante dos desafios enfrentados no cenário atual do trânsito, é evidente que a educação e a formação dos condutores desempenham um papel central na promoção da segurança viária. Os especialistas destacam a importância de apoiar as empresas comprometidas com a educação e valorização da vida no trânsito. Apesar das considerações e oportunidades de evolução ao longo dos anos, há um consenso unânime de que o processo de formação de condutores é essencial para alcançar um trânsito mais seguro. Portanto, é fundamental continuar investindo em programas educacionais e aprimorar constantemente o processo de formação, visando a construção de um ambiente viário mais seguro e consciente para todos.
